População vai à feira e volta de mãos vazias

O Ministério Público e a Vigilância Sanitária de São Miguel do Oeste iniciaram nesta manhã (10/04) por volta das 8h30, uma fiscalização intensiva na Feira Livre Municipal, juntamente com o auxílio da Polícia Civil e Polícia Militar. O local foi fechado para o comércio e a população ficou impossibilitada de fazer as compras.
De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, Nini Scharnowski, que acompanhou a ação, a mobilização do MP, trata-se de uma fiscalização rotineira de saúde pública e que não pode ser impedida. Nini informou ainda, que nesta semana, a Câmara vai se reunir para encontrar soluções a fim de que os produtores possam se adequar e trabalhar livremente.
O feirante hortifrutigranjeiro de linha 7 de Setembro, Leonardo Sussek, que trabalha na Feira Livre desde 1984, pensa que a fiscalização não deveria proibir que a população faça compras enquanto fiscaliza os produtos. “Acho que tem que existir uma fiscalização, pois é a saúde da gente que está envolvida. Mas eles não deveriam fechar a Feira. Cada um é responsável por sua banca”.
Conforme o tesoureiro e ex-presidente da Afesmo (Associação dos Feirantes de São Miguel do Oeste), Henrique Bressiani, quem vai arcar com o prejuízo é o feirante. “A renda de hoje, para alguns, é o sustento da semana. Além da gente, a população também é prejudicada, pois vem até aqui para comprar produtos de qualidade, livre de coisas que prejudicam a nossa saúde”. Segundo Bressiani, ele já coletou um abaixo-assinado com mais de duzentas assinaturas, durante vários dias de feira, com a intenção de manter a venda de produtos agrícolas.
Os consumidores que se encontravam em frente à feira livre, aguardavam informações e estavam à espera de que o espaço fosse reaberto ainda nesta manhã. Muitos chegaram e tiveram que voltar para casa de mãos vazias.
Mais sobre:
Deixe seu comentário