Até a última semana, foram atendidas no município de Palma Sola 12 pessoas com sintomas de meningite viral, ou asséptica. Conforme o secretário Municipal de Saúde, Luiz Fernando Bianqueto, num primeiro momento houve bastante preocupação e receio por parte da população, mas depois o diagnóstico apontou que era meningite viral, a qual não passa simplesmente por estar próximo a alguém portador da doença. \"Estamos acompanhando os casos e fornecido muitas explicações, mas não há maiores preocupações\", enfatiza.

Bianqueto lembra que os pacientes residem em áreas isoladas e, se fosse meningite bacteriana, os familiares e vizinhos também estariam infectados. \"A bacteriana é transmissível em conviver no mesmo ambiente, mas a viral não provoca isso e os pacientes não correm risco de morte\", ressalta. Segundo ele, os casos de meningite viral também provocam febres, vômitos e até diarréias, mas em menor freqüência do que quando a doença é provocada por uma bactéria.

As pessoas em contato íntimo com pacientes portadores de meningite viral não necessitam de tratamentos com antibióticos. Contudo, devem lavar as mãos frequentemente com água morna e sabão, ou usar produtos para limpeza das mãos à base de álcool para evitar a transmissão desses vírus. Entre os infectados estão crianças e adultos e ainda não foi identificado de que forma as ocorreu a trasmissão do vírus e o problema afetou crianças e adultos. \"Como disse, anteriormente, estamos repassando informações e não há motivo para maiores preocupações. Claro, se fossem casos de meningite bacteriana, teríamos que pensar até no isolamento dos pacientes\", comenta.

Há vacinas para prevenção da doença, como a vacina conjugada pneumocócica (recomendada para crianças com menos de 24 meses); a pneumocócica polissacarídia (aplica em indivíduos de alto risco e também para pessoas com 65 anos de idade) e a vacina conjugada meningocócica (aprovada para ser administrada a pessoas com 11 a 55 anos).

É uma infecção causada por vírus, atingindo a membrana que envolve a medula espinhal e o cérebro, caracterizada por febre, de início repentino, dor de cabeça, vômitos e rigidez de nuca. Entre as formas de contaminação está a transmissão dos Enterovírus, podendo ser fecal-oral, oral-oral e respiratória. Água e alimentos podem ser veículos de transmissão. O período decorrido entre a exposição ao Enterovírus e o aparecimento dos sintomas é de 7 a 14 dias.

É provocada por uma bactéria chamada meningococo. No Brasil, ela ganhou notoriedade, entre 1972 e 1974, quando ocorreu em São Paulo a maior epidemia de meningite meningocócica do mundo. O meningococo é transmitido pelas vias respiratórias e o convívio íntimo entre as pessoas favorece a transmissão da bactéria, que passa do nariz para o sangue, é levada para o cérebro onde estão as meninges, provocando uma infecção. Em um curto prazo os sintomas como febre alta, mal-estar, vômitos, dor de cabeça e no pescoço, aparecem e uma das dificuldades da pessoa infectada é encostar o queixo no peito.