?Temos profissionais competentes em diversas especialidades, que podem oferecer atendimento seguro, ágil e eficaz, mas somos forçados a encaminhar pac
A eficiência do atendimento hospitalar em São Miguel do Oeste e municípios vizinhos está comprometida porque a infra-estrutura instalada é incompatível com as necessidades da região, segundo alguns profissionais da área médica. O assunto tem dominado as discussões de um grupo de médicos de São Miguel do Oeste, os quais denunciam o agravamento das condições de atendimento. Os profissionais decidiram recorrer às entidades representativas, ao Ministério e ao Poder Público, em todas as esferas, a fim de encaminhar uma sugestão de solução urgente para o problema. O grupo defende a implantação imediata de um hospital público regional, habilitado a receber custeio de governo.
O ortopedista Adair Schneider, que atua no atendimento de emergência, afirma que a situação está em fase crítica. ?Não suportamos mais assistir, quase que diariamente, situações que colocam pacientes em risco de morte, sem poder agir. É preciso que toda a sociedade, o poder público, os agentes políticos e o Ministério Público se unam para acabar com esse drama,? apelou.
Schneider ressalta que a população está farta de ouvir promessas políticas que não se cumprem. Na avaliação técnica feita pelos médicos, a instalação de uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de forma isolada, torna-se inviável gerencialmente e não resolvo e o problema.
Já o médico Antonio Paim de Oliveira reforça que é preciso dar sustentação ao bom funcionamento em atendimento de emergência e na sua opinião, somente a estadualização dos serviços pode viabilizar a instalação, montagem e manutenção tanto de um hospital público, quanto de uma equipe médica especializada. ?A forma ideal é a implantação de um novo espaço físico dotado de UTI e, a forma alternativa é a utilização e remodelação de uma das unidades hospitalares já existentes?.
Os profissionais afirmam não se oporem ao movimento que pede a instalação de uma UTI, mas desejam a sincronia de esforços para implantação de um hospital público regional pois acreditam que a unidade seria uma conseqüência já que viria como recurso agregado à estrutura.
O médico José Maurício Budant revela que o movimento em favor de um hospital público deverá ser pauta permanente dos debates no âmbito do Cremesc (Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina - Delegacia Regional, Associação Catarinense de Medicina - Divisão Regional Médica da Fronteira e Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - Regional.
Na opinião do médico Vilson Watte, a atual condição de atendimento hospitalar na região não está restrita aos graves casos em que a rapidez e precisão no atendimento podem salvar vidas. Ele argumenta que é a população quem perde com isso, por ficar à margem de serviços. Watte cita outras conseqüências como a falta de estímulo à vinda de profissionais de outras especialidades e o represamento do crescimento profissional dos médicos que atuam no município.
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