Assinado aditivo para edital que incentiva a pesquisa ligada à produção de leite |
A equipe de mecatrônica, automação e de eletromecânica do Senai, São Miguel do Oeste, deu uma nova perspectiva para a vida do pequeno Fernando Granada, de nove anos, que tem a síndrome Artrogripose, que acomete atrofia muscular nos membros inferiores e superiores. Desta forma, precisa de auxílio para as mais diferentes atividades durante o seu dia a dia.
“Por meio da tia do garoto, que é aluna do Senai, conhecemos a história do Fernando e ficamos comovidos. Com tanta tecnologia no mercado, colocamo-nos à disposição para auxiliar neste caso”, explica o supervisor de Educação, Fernando Lorencett, que coordenou o projeto e contou com a colaboração direta dos professores João Carlos Giotto Júnior, Ivo Coletto, Roberto Ecker, Olney Joner e Edson Gustavo da Silva, além do apoio estadual da Gerência da Responsabilidade da Fiesc, onde, com o Programa Oportuniza, conseguiu-se a doação de um equipamento, notebook, para que Fernando possa utilizar os dispositivos criados e desenvolver suas habilidades intelectuais, bem como auxiliar nos estudos.
A primeira ação foi voltada à criação de próteses para o braço para que Fernando tivesse autonomia para se alimentar sozinho. A família relatou que ele gostava muito de jogos eletrônicos, e que tinha o costume de jogar no celular usando a ponta do nariz e língua para mover e fazer cliques. “Após as próteses serem concluídas iniciamos a pesquisa para que ele pudesse comandar o mouse do computador. Para que o processo não fosse muito moroso, iniciamos as pesquisas por equipamentos já construídos no exterior para adaptar à realidade do Fernando”, salienta Lorencett.
Em cerca de dois meses de pesquisas e testes, a equipe conseguiu desenvolver óculos com sensores que funcionam como mouse, no qual Fernando consegue fazer o “clique” piscando duas vezes os olhos. Também foi construído uma espécie de mouse que ele utiliza na boca e faz o “clique” com o sopro. “Fernando sempre gostou de informática, mas tinha muitas dificuldades para acessar o equipamento”, declarou a mãe, Suellen Caroline Granada, não escondendo a emoção ao relatar que agora o filho poderá ter maior independência para o uso do equipamento, principalmente para as tarefas da escola.
A equipe já se colocou à disposição para fazer as adaptações necessárias nos equipamentos, já que, conforme Fernando for crescendo, será preciso realizar algumas mudanças nas próteses. “Esperamos que estes equipamentos agreguem muito na vida do Fernando, que ele tenha um bom desenvolvimento nos estudos e na vida, pois, com estas adaptações, ele poderá, na fase adulta e com prática, manipular até mesmo máquinas”, destaca Lorencett.
Ascom
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