Manifesto teria participação de docentes

Um abaixo-assinado, contrário ao aumento das mensalidades e apresentado nas salas de aula da Unoesc foi duramente criticado pelo seu vice-reitor, que prometeu penalizar os envolvidos

Na noite da quinta-feira, dia 27, um manifesto acadêmico contrário ao reajuste de 13% nas mensalidades da Unoesc, campus de São Miguel do Oeste, a partir de 2004, circulou pelas salas de aula. Acadêmicos de diversos cursos assinaram o documento. O mesmo caracteriza a instituição como ditatorial no que tange ao índice de reajuste a ser aplicado aos créditos universitários, sempre definido de forma unilateral, sem qualquer margem de mudança, abusivo e desproporcional, deixando os acadêmicos fora da discussão. ?O ambiente estudantil deveria ser espaço onde o culto à igualdade fosse fato característico e não meio onde alguns ditam as diretrizes e toda uma coletividade espoliada tem como opção apenas a obediência?, consta no manifesto. Mesmo num período em que muitos acadêmicos já não estavam em aula, 113 assinaturas foram colhidas. O manifesto foi entregue à imprensa na tarde de sexta-feira, dia 28. O vice-reitor do campus garantiu que não havia recebido nenhum documento que mostrasse indignação pelo aumento que, conforme ele, foi amplamente discutido pela direção da Unoesc em conjunto com o DCE (Diretório Central dos Estudantes), órgão representativo dos acadêmicos na instituição. ?Quando você realiza um manifesto de descontentamento o faz para entregar à pessoa diretamente envolvida e isto não foi feito. Este documento foi confeccionado não como forma de colocar a opinião dos universitários mas como forma incidiosa de tirar outros tipos de proveito?, considerou. Como o manifesto foi apenas entregue à imprensa, D?Agostini diz que o objetivo era causar instabilidade e desestruturar a Unoesc, colocando os acadêmicos contra ela, ofendendo sua moral. ?Este foi um processo como jamais foi visto?. O vice-reitor explica que o promotor de Justiça chegou a presenciar uma das três reuniões sobre o reajuste e pôde constatar que o processo era democrático. Portanto, segundo ele, esta seria ainda uma afronta ao Ministério Público. ?Eles não tem idéia do que fizeram e da seriedade deste assunto?, alerta. D?Agostini garantiu já ter conhecimento dos envolvidos na elaboração do manifesto acadêmico. ?Foram dois docentes da universidade e três discentes?, anuncia. Ele prefere não divulgar ainda os nomes. ?Todos serão ouvidos para vermos o que eles têm a dizer e os puniremos conforme prevê o regulamento da universidade. De minha parte, também tomarei providências na Justiça?, afirma. Ele garante que os acadêmicos que assinaram o manifesto não sofrerão qualquer tipo de retalhação, pois, para D?Agostini, eles acabaram sendo enganados. ?Pegaram alguns estudantes mostrando um objetivo para o abaixo-assinado, que era apresentar à vice-reitoria e fizeram outro após recolhidas as assinaturas?. O vice-reitor, entretanto, garante que os acadêmicos e professores que participaram da elaboração serão punidos.
Anterior

Aprovados novos cursos para a FAI Faculdades

Próximo

Obras mudam rotina de munícipes

Deixe seu comentário

Nossas Redes

Impresso