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Imunização contra Gripe A: campanha e prazo são ampliados

Ministério amplia vacinação para crianças menores de cinco anos e cobertura nacional já chega a 61 milhões de pessoas
Na última sexta-feira, dia 21, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou a ampliação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1 para crianças de dois a quatro anos. A partir desta segunda-feira, pais ou responsáveis pelas crianças já podem levá-las aos 36 mil postos de todo o país, para a vacinação. O prazo termina em 2 de junho. Nesta nova etapa, também foram incluídos policiais militares, bombeiros, e profissionais de educação que atuam diretamente com crianças.
Para o novo grupo, serão utilizadas 10,8 milhões de doses da vacina pertencentes ao estoque estratégico do Ministério da Saúde, reservadas para eventualidades durante a campanha. Ao todo, há 9,6 milhões de crianças brasileiras na faixa de dois anos a menores de cinco anos. É importante ressaltar que este grupo é imunizado com duas meias doses da vacina. Por isso, 21 dias depois da primeira aplicação, as crianças precisam ser levadas de novo aos postos para tomar a segunda meia dose.
Até a última quinta-feira, já haviam sido vacinadas mais de 61 milhões de pessoas. Com este resultado, o Brasil praticamente atinge, em apenas dois meses, a cobertura da maior campanha de vacinação realizada até então no Brasil, que foi a contra a rubéola (2008), cuja duração levou seis meses. O Ministério da Saúde recomenda também que os municípios reforcem a campanha de vacinação, inclusive com busca ativa de pessoas pertencentes aos demais públicos-alvo que porventura não tenham atingido a meta de cobertura nessas cidades.
Entre os adultos de 30 a 39 anos, o percentual geral de vacinados é de 37% e nenhum estado ainda atingiu a meta neste grupo específico, de pelo menos 80%. Para este grupo, a vacinação foi prorrogada até o dia 2 de junho. Doentes crônicos, crianças de seis meses a menores de dois anos, adultos de 20 a 39 anos, gestantes e idosos também poderão se vacinar contra a gripe comum, cuja campanha também foi prorrogada.
Falso positivo para HIV
Pessoas que tomarem a vacina da H1N1 contra a gripe A e precisarem realizar o exame de HIV devem tomar cuidado e não se assustarem com o resultado. Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou que as pessoas que receberam a vacina podem ter resultado positivo para HIV mesmo sem ter o vírus que provoca a Aids.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas na grande minoria dos casos ocorreu falso positivo em exames de HIV, de pessoas que tinham tomado a vacina. Isso ocorre por conta das alterações dos níveis de anticorpos IgM, que acabam interferindo no resultado do exame. Por isso, pessoas que obtiveram resultados positivos nestes exames devem refazê-los após 30 dias da aplicação da vacina.
De acordo com a agência, o falso resultado positivo pode ocorrer até 112 dias após a pessoa ter se vacinado contra a gripe. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esclareceu que a vacina contra H1N1 não oferece nenhum risco de transmissão do HIV.
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