Escola bilíngüe começa a sair do papel na região

Intercâmbio educacional entre Brasil e Argentina dá mais um passo com a implantação do projeto que propõe a ?troca? de professores entre os dois países

O Projeto Bilíngüe, que prevê aprofundar o intercâmbio entre Brasil e Argentina por meio da educação, já começou a ser efetivado. Após alguns meses de estudos por parte do MEC (Ministério da Educação) para firmar um convênio de cooperação educacional em zonas de fronteiras, o sonho começa a se tornar realidade.

O projeto prevê o intercâmbio entre alunos e professores dos dois países. Diariamente, docentes do Brasil ministrarão aulas no período matutino num país e à tarde no outro. O principal objetivo da troca é fazer com que os educandos das duas nações saibam falar fluentemente os idiomas português e espanhol, ao mesmo tempo em que se incentiva um aprendizado mais aprofundado sobre o povo vizinho.

A princípio, a única instituição de ensino, brasileira, a participar do projeto, é a Escola de Educação Básica Theodureto de Faria Souto, de Dionísio Cerqueira, cidade que faz fronteira aduaneira com a Argentina. Pelo lado Argentino, a representante será a Escola de Fronteira número 604, da cidade de Bernardo de Irigoyen. Somente os professores e alunos da 1ª série dos educandários participarão do intercâmbio. O número de estudantes é bastante pequeno e esta é exatamente a intenção dos coordenadores do projeto. Segundo o gerente Regional de Educação, Silvestre Wichorovski, que acompanha o desenvolvimento do trabalho, a proposta é andar a passos lentos, mas firmes. Ele explica que, a cada ano, o projeto avançará uma série, sendo que deverá atender a todo o ensino fundamental em oito anos. Ao mesmo tempo, será estudada a possibilidade de expandí-lo para outras escolas de Dionísio Cerqueira e região.

Os professores brasileiros já passaram por uma qualificação para atuar no projeto. Eles deverão ainda aprender a falar o espanhol fluentemente e o mesmo deve acontecer com os docentes do lado argentino em relação ao português. Apesar disso, eles lecionarão utilizando-se das línguas de suas nações de origem. O aprendizado do novo vocabulário deve servir apenas para garantir a comunicação entre alunos e professores. "Esperamos que em março (mês em que iniciam as aulas na Argentina), possamos fazer o lançamento do projeto com a presença de autoridades dos dois países", argumenta Wichorovski.

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