O governador Carlos Moisés debateu com autoridades públicas e um representante da iniciativa privada ações de prevenção à PSA (Peste Suína Africana) na tarde desta quarta-feira, dia 22, em Florianópolis. O Governo do Estado vem intensificando as atividades de defesa agropecuária após a notificação dos primeiros focos da doença nas Américas. Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil. Além do governador, participaram do encontro o secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Altair Silva, o presidente da Cidasc, Plinio de Castro, e o gerente executivo do Sindicarne, Jorge Luiz de Lima.
Segundo o governador, o momento é de atenção. Ele lembra que não há casos notificados no Brasil desde a década de 1980. Apesar disso, a peste suína africana está presente em mais de 50 países, entre eles a República Dominicana e o Haiti - estes são os primeiros registros da doença no continente americano em mais de 30 anos.
"Estamos atentos a essa situação. Santa Catarina possui um status sanitário diferenciado e precisamos lutar para mantê-lo. Nossa economia depende fortemente do agronegócio, portanto estamos intensificando os trabalhos a fim de evitar que a doença retorne e traga prejuízos financeiros ao nosso Estado", afirma o governador.
Peste Suína Africana
Uma campanha educativa será desenvolvida em parceria do setor público com a iniciativa privada para comunicar as formas de se evitar a transmissão da doença. A PSA é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível e leva a altas taxas de mortalidade e morbidade. Considerada pela OIE como uma das doenças mais relevantes para o comércio internacional de produtos suínos, a PSA afeta somente suínos. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada em 1981 e, desde 1984, o país é livre de peste suína africana.
"Nossos esforços estão voltados para manter a saúde de nossos rebanhos. Vivemos um período delicado e precisamos da colaboração de todos os catarinenses. Temos certeza de que juntos conseguiremos proteger Santa Catarina e manteremos nossa missão de produzir alimentos de qualidade", diz o secretário Altair Silva.
Impacto na economia
O agronegócio é o carro-chefe da economia catarinense, responsável por quase 70% de toda exportação e por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. As agroindústrias empregam mais de 60 mil pessoas de forma direta e contam com 55 mil famílias integradas no campo. A produção catarinense é exportada para mais de 150 países, entre eles os mercados mais exigentes e competitivos do mundo.
Deixe seu comentário