Em virtude de chuvas registradas principalmente na região central do estado de Santa Catarina e municípios com ligação à bacia do Rio Uruguai, na última quarta-feira, dia 4 de outubro, por volta das 15h, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina através da OBM de Itapiranga, iniciou o monitoramento e as ações de resposta a uma possível cheia do Rio Uruguai que acometeriam o município.

Levando em consideração o volume de água registrado no afluente da barragem da Foz de Chapecó estimou-se um possível pico de elevação na casa dos 8,50 metros e com isso iniciou-se o acionamento do plano de contingência, passando ao monitoramento e registro de hora em hora do nível do rio e o contato com todos os proprietários de edificações comerciais e residenciais do município até a cota de nove metros, com esta ação foram contatados cerca de 10 proprietários de edificações residenciais e três proprietários de edificações comerciais.

O pico de elevação desta primeira cheia deu-se por volta de 11h de quinta-feira, dia 5 de outubro, quando o nível do Rio Uruguai no município de Itapiranga atingiu a cota dos 8,70 metros, a partir deste ponto houve uma redução gradual do nível das águas retornando a casa dos 6,40 metros às 00h do dia 7 de outubro, quando devido a um novo acúmulo de chuvas na bacia do Rio Uruguai o nível tornou a subir.

Com a nova elevação e levando em consideração o cenário que se apresentava com estimativa de uma vazão máxima em Foz do Chapecó na casa dos 27.000m³ por segundo e uma elevação das águas para a cota dos 12 a 13 metros, instituiu-se no dia 7 de outubro o comitê de crise unindo CBMSC, Coordenadoria Regional da Defesa Civil, PM, Administração Municipal e representantes de entidades do município. “Recebemos ainda o apoio de quatro integrantes da Força Tarefa do 12° BBM, os quais permaneceram à disposição da OBM para auxílio nas operações ligadas à enchente”, consta no relatório divulgado pelo comandante do 1º Grupo (Itapiranga), 1º sargento BM André Rauber.

Ainda na tarde de sábado, dia 7 de outubro, foram intensificadas as ações de controle e monitoramento do nível do rio e retomado o plano de contingência através do qual foram designadas equipes que percorreram as Avenidas Beira Rio e Uruguai no trajeto entre o Clube Beira Rio e Vila São Pedro São Paulo, informando moradores ribeirinhos e proprietários de estabelecimentos comerciais até a cota dos 12 metros sobre a necessidade de organizarem a retirada de seus pertences e entre a cota dos 12 e 13 metros da possibilidade, se a situação evoluísse das águas atingirem tais edificações, devendo os proprietários acompanharem as atualizações informadas. Com essas ações foram informados cerca de 120 proprietários de edificações em área de risco.

A cota máxima da segunda elevação deu-se às 15h deste domingo, dia 8 de outubro, quando o Rio Uruguai atingiu 11,70m, neste pico de elevação foram atingidas 10 edificações comerciais e 11 edificações residenciais.

“Contamos ainda com a mobilização de uma equipe de apoio do 14° RCMec do Exército Brasileiro de São Miguel do Oeste os quais permaneceram à disposição caso fosse necessário auxiliar aos moradores ribeirinhos na retirada de móveis e bens de suas residências”, ressalta.

Além das ações de prevenção, as guarnições do CBMSC auxiliaram uma família na retirada de bens móveis de sua residência na Avenida Beira Rio e realizaram a entrega de lonas e materiais para proteção de bens móveis de uma família residente na Linha Dourado a qual teve a residência atingida pela água.

Na noite deste domingo, conforme divulgado na página da Defesa Civil de Itapiranga, o nível do Rio Uruguai estava com 11,54m, mantendo-se estável na última hora.

Corpo de Bombeiros