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Nesta terça-feira em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, o Folha do Oeste ressalta o importante trabalho de apoio e cuidado com a mulher, desenvolvido pelo Comdim (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher), em São Miguel do Oeste. Criado em 2011, o Conselho conta com representantes de órgãos governamentais e não-governamentais, e tem como principais objetivos a conscientização pelos direitos, respeito e cuidado, a proteção, o alerta e o combate à violência contra a mulher. Além disso, busca fiscalizar as políticas públicas para as mulheres e suas aplicações, desenvolvendo uma série de campanhas especiais.
De acordo com Lucilene Binsfeld, que assumiu a presidência do Comdim no último mês e segue neste cargo por dois anos, dentro do Conselho foram criados dois grupos de trabalho. Um grupo está pensando em um protocolo de atendimento às mulheres, para que todos que integram essa condição de combate à violência, utilizem a mesma prática. O outro grupo de trabalho é voltado para as campanhas, e a interação do Conselho nos diferentes espaços. Trata-se de um trabalho voluntário, e um dos principais desafios é o combate à violência nas suas diversas formas. "A violência física é a mais conhecida, mas tem a violência psicológica, a violência patrimonial, e a violência moral. Os tipos de violência têm que ser conhecidos pelas mulheres para que elas possam reconhecer a violência que estão sofrendo. Ninguém gosta de apanhar, e quem ama não bate, não machuca, não mata", destaca.
Neste trabalho de combate à violência, o Comdim também desenvolve campanhas e busca divulgar os espaços onde as mulheres podem procurar ajuda. "É importante que ela saiba que tem com quem contar. Temos o Disque Denúncia pelo 180, a Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), Rede Catarina ligada à Polícia Militar, Secretaria de Assistência Social, o Comdim, que ainda não tem uma sede própria, mas as representantes também estão disponíveis para auxiliar e conversar", aponta.
Lucilene ainda cita que o Conselho está trabalhando com a Secretaria de Educação para fazer um alerta nas escolas, para desde cedo começar esse respeito pelas mulheres. Ela considera que todas as escolas tenham psicólogos, pois é um olhar diferente para a criança, de perceber os sinais com mais facilidade. "Todos esses fatores são importantes para que a gente possa desenvolver um trabalho de proteção e combate de violência", salienta.
Outra luta do Conselho tem sido por uma Casa Abrigo para as mulheres. "Essa é uma das principais metas neste mandato do Conselho. Queremos garantir um espaço de acolhimento seguro. Para que haja uma denúncia com segurança, é preciso dar essa condição. Primeiro conhecer os tipos de violência, depois saber onde denunciar, terceiro ter um local de acolhimento seguro, em que a pessoa possa se sentir segura, ela e seus filhos. Isso também se direciona para as crianças e jovens que sofrem violência", cita.
A representante do Conselho enfatiza que é fundamental um compromisso da sociedade, para que deixe de achar que a mulher é culpada pela violência que sofre. "Precisa existir mais respeito. Se ela usa uma roupa decotada é um direito dela, se ela anda em algum local em horário mais tarde, é um direito dela de ir e vir. Essa conscientização da sociedade precisa urgentemente ser trabalhada e compreendida pela população. A violência precisa ser abolida e esse trabalho começa dentro da própria casa, na conscientização. Conscientizar para que não banalizem a violência e não achem normal, pois não é normal", reforça.
Lucilene convida a comunidade para acompanhar as redes sociais do Comdim. Nestes espaços são divulgados materiais informativos de grande relevância.
ATUAÇÃO E PLANEJAMENTO
Conforme Lucilene, a nova gestão vai continuar os trabalhos que já estão em andamento, e no próximo dia 18, haverá uma reunião para definir o calendário e tarefas a serem desenvolvidas pelo Comdim em SMOeste.
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