No município de Descanso, já foram confirmados três casos de dengue, sendo estes os primeiros registros do ano. A informação é do coordenador da Vigilância Epidemiológica, Vanderlei Andreolla. Conforme ele, neste ano também já foram identificados 15 focos do mosquito.
Segundo o coordenador, frente a este cenário a equipe tem intensificado as orientações aos moradores, recomendado o uso de repelente e solicitado a colaboração de todos na eliminação de depósitos com água parada, para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Outra orientação é para que o descarte de lixo seja feito de forma correta.
Na terça-feira, dia 18, também foi realizada a aplicação de fumacê em regiões do município onde foram identificados os casos positivos de dengue. Andreolla acrescenta que nos próximos dias também será promovida uma campanha de coleta de materiais. O cronograma será anunciado em breve.
O coordenador da Vigilância Epidemiológica ainda aponta que a situação é bem preocupante, mas, parece que as pessoas não estão levando a sério a gravidade da doença, que pode deixar sequelas e até mesmo causar a morte. “Que as pessoas se conscientizem da gravidade da doença”, salienta, apontando que é preciso a colaboração da população no combate ao mosquito, para que a situação não se agrave.
Em São Miguel do Oeste, já foram confirmados neste ano, oito casos de dengue. A informação é do enfermeiro coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marcos Bortolanza. Segundo ele, sete pacientes ainda aguardam os resultados do exames.
Até a quinta-feira, dia 19, São Miguel do Oeste também registrava 368 focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. Conforme o agente do Setor de Endemias, Renério Dill, já foram identificados focos em diferentes localidades da cidade. Semanalmente, são registrados cerca de 25 a 30 focos.
O agente destaca que a equipe também tem identificado muitos problemas de água parada em pequenos objetos, e quando se trata do mosquito da dengue, qualquer recipiente, por mais pequeno que seja já representa perigo ao acumular água. “Já encontramos larvas em tampinhas de garrafa. Então é preciso que os moradores fiquem atentos e eliminem todos esses recipientes. Pequenos plásticos e lonas também podem acumular água se descartados no meio ambiente”, cita.
Frente ao cenário preocupante, entre as ações que estão sendo realizadas no enfrentamento da dengue, está a aplicação de fumacê. Sempre que há confirmação de casos positivos, é feito fumacê nas proximidades do local. Renério explica que antes da aplicação, a equipe realiza uma vistoria no espaços que integram a área demarcada, para eliminar os criadouros, pois o fumacê age somente no mosquito que está voando.
A equipe também segue com as visitas e orientações aos moradores, e no início do mês de maio será retomada no município a ação de coleta de materiais nos containers. Conforme o agente do Setor de Endemias, o cronograma da ação será divulgado nos próximos dias.
“Pedimos mais uma vez a colaboração da população, para que auxilie no combate ao mosquito. A doença está presente e o mosquito Aedes Aegypti está se adaptando a diversos meios. Hoje ele também é encontrado em água suja e contaminada. Para evitar a dengue, precisamos combater o vetor, que é o mosquito, e só eliminando os depósitos de água parada é que vamos conseguimos diminuir a quantidade de mosquitos”, reforça.