Empresário da região recebe a Comenda do Legislativo Catarinense |
Altair Silva, o secretário/deputado tem tempo contado para permanecer no governo Carlos Moisés da Silva. Em março, encerra o prazo para desincompatibilização a fim de viabilizar candidaturas na eleição de 2022.
Silva deve sair da pasta para concorrer à reeleição à Alesc. Ao mesmo tempo, marca a saída formal do Progressistas do primeiro escalão do governo do Estado e colocará Silvio Dreveck novamente na suplência.
Em entrevista à Rede Catarinense de Notícias, o secretário/deputado fala sobre as ações na Secretaria de Agricultura, o futuro político dele e a proposta de ingresso de Moisés no PP.
Rede Catarinense de Notícias - Na safra passada, houve muito prejuízo pela estiagem. Para a próxima, Santa Catarina está preparada?
Altair Silva - Temos uma visão otimista para a safra 21/22. Há perspectiva de crescimento na área plantada de 9%. Também temos uma avanço muito importante de cereais de inverno, com acrescimento da área de 79%. Além de fornecer a demanda de trigo, também vão para fabricação de ração. O plantio do milho iniciou e está atendendo as expectativas. O que mais interfere são os fatores climáticos e a cigarrinha. Teremos chuvas normais em outubro e novembro e um déficit em dezembro, mas não é muito acentuado. Isso indica safra muito positiva. A perspectiva é de que os grãos permaneçam com uma boa valorização.
RCN - Sobre a valorização, a saca de milho passou de R$ 100 em 2021. Caiu, mas segue alto. O senhor tem uma previsão de como ficará esse valor?
Silva - A tendência é manter os preços de hoje. Isso porque o milho passou a ser uma commoditie mundial, inclusive mais importante do que a soja. O que ocorreu é que faltou milho para o mercado interno e tivemos que importar dos EUA. Essa importação é temporária, inclusive foi retirado o PIS e o Cofins da importação. Mesmo assim, ele chega a R$ 105, R$ 110. As agroindústrias têm equilíbrio porque são voltadas à exportação, que é recebida em dólar e o dólar está valorizado. Quem tem sofrido é o produtor independente. Nós estamos procurando saídas.
RCN - No mercado, a carne está cara. Isso preocupa o senhor?
Silva - Os preços das commodities se elevaram no mundo inteiro. A preocupação é com a queda do poder aquisitivo da população, já que os salários não seguiram na mesma velocidade. Isso faz com que as pessoas tenham menos dinheiro e consumam menos. Equalizar essa conta é o principal desafio.
RCN - Moisés prometeu recursos bilionários para o setor hídrico. Como está o andamento?
Silva - Temos viabilizados recursos para importantes programas. Um deles prevê R$ 300 milhões para a reserva de água nas propriedades, com recuperação de nascentes, criação de açudes, cisternas, reservatórios, todas formas de armazenar água na propriedade. Está sendo um sucesso. O governador aportou R$ 100 milhões para este ano e o valor já foi todo consumido. E o governo já está antecipando recursos para que o programa não pare. O agro vive um momento muito bom, apesar das adversidades.
RCN - O senhor vai se desincompatibilizar para concorrer em 2022?
Silva - A tendência é a reeleição. No momento certo, a gente vai fazer o ajuste necessário ouvindo o governador Moisés.
RCN - Tem um substituto para a Secretaria?
Silva - Não, isso não está sendo tratado neste momento.
RCN - O senhor sai do governo antes de Moisés escolher um partido?
Silva - O governador tem um diálogo muito franco com a Assembleia. Existe um amplo entendimento. Agora começa um grande diálogo. Moisés terá que escolher um partido e se ele escolher o Progressistas as portas estão abertas.
RCN - Moisés no Progressistas é o melhor cenário?
Silva - Entendo que a vinda para o Progressistas é muito bem vinda. Nós somos um partido aberto, que não tem dono. E estamos abertos ao diálogo. Moisés sabe disso, mas está focado na gestão.
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