Cenário se agrava em São Miguel do Oeste e o município passa a enfrentar uma epidemia de dengue. A situação foi confirmada na tarde desta quarta-feira, dia 19. O município entrou em um quadro caracterizado por epidemia de dengue, pois a proporção de casos está superior a 300 casos/100 mil habitantes, com muitos casos em pouco tempo.

De acordo com o enfermeiro e coordenador da Vigilância Epidemiológica de São Miguel do Oeste, Marcos Bortolanza, até o início da tarde desta quarta-feira, já haviam sido confirmados 135 casos positivos da doença no município, destes 130 autóctones. Até a tarde de hoje, haviam ainda 44 pacientes aguardando os resultados dos exames.

E para que a situação não se agrave ainda mais, o profissional da Vigilância Epidemiológica enfatiza o pedido para que toda a população reforce os cuidados. Segundo ele, está em circulação o Vírus1, o Vírus2, e o Estado informou que está em circulação no País, o Vírus3. “Então mesmo quem já adoeceu, pode adoecer novamente, e a chance de ter uma doença mais grave é maior”, alerta.

Frente a esta situação, é fundamental que toda a população colabore e intensifique as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus, eliminando a água parada de todo e qualquer recipiente e evitando com isso a proliferação do mosquito. Ações como esta precisam ser frequentes. Além disso, a orientação é para que a população utilize repelente.

Outro alerta é com relação aos sintomas da dengue, como febre alta (39°C a 40°C) de início súbito, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos, manchas pelo corpo que podem atingir face, tronco, braços e pernas, perda de apetite, náuseas e vômitos. Ao identificar os sintomas é preciso procurar atendimento em uma unidade de Saúde.

A partir desta semana, os exames para diagnóstico de dengue e Covid-19 serão realizados todas as manhãs, das 8h às 11h, no Posto Central. Com relação à dengue, os exames serão feitos somente mediante pedido médico. Já com relação ao Covid-19, os exames são feitos sem necessidade de pedido médico, desde que o paciente apresente sintomas compatíveis.

Conforme Bortolanza, há um Plano de Contingência, construído junto com o Estado, e dividido em níveis. Agora passa para o nível de epidemia, aonde o município reforça toda a sua rede de atendimento, especialmente para o diagnóstico precoce, para que se evite os casos de maior gravidade e mortes. Também é monitorada a rede de assistência, as unidades básicas, de emergência, hospitalar, se dão conta de atender aos doentes que possam surgir, e que não falte insumos para tratamento, como medicamentos. O Estado também faz as ações em conjunto com a equipe de endemias, como a aplicação de fumacê.

Em São Miguel do Oeste, nesta quarta-feira, dia 19, já foi realizada a aplicação de fumacê em algumas localidades da cidade. A aplicação do inseticida UBV (Ultra Baixo Volume) tem como principal objetivo reduzir a quantidade do mosquito, porém, a população deve seguir com os cuidados.

Também nesta quarta-feira foi realizada uma reunião com os enfermeiros, que são os coordenadores da atenção básica, e nesta quinta-feira, dia 20, haverá uma reunião com a equipe de agentes de Saúde e de Endemias, e provavelmente com o Comitê de Crise da Dengue.

MUNICÍPIO ENFRENTA A QUARTA EPIDEMIA

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Bortolanza lembra que em 2024, São Miguel do Oeste também registrou epidemia de dengue, com a confirmação de 1.830 casos da doença. O município ainda enfrentou uma epidemia de dengue em 2022, com 1.100 casos, e no ano de 2020, com 143 casos da doença.